RIO - Policiais militares reprimiram com violência uma manifestação contra a vinda do presidente dos EUA, Barack Obama, organizada por integrantes de movimentos sociais, na noite desta sexta-feira, no centro do Rio. (Leia também: Executiva Nacional do PT desaprova protesto conta a visita de Barack Obama)
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Veja imagens da manifestação contra a visita de Barack Obama)
Os manifestantes jogaram um coquetel molotov na porta do Consulado Americano, na Avenida Presidente Wilson. A polícia reagiu com tiros de balas de borrracha. Um repórter da rádio CBN foi atingido. O trânsito no local foi interrompido.
A manifestação não tinha autorização da Polícia Militar e nem da Prefeitura, mas mesmo assim cerca de 200 integrantes de movimentos sociais e de partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, entre eles o PT, PCdoB e PDT, estavam reunidos na Candelária desde às 16h.
O major Fábio Alessandro, do setor de operações do 13º batalhão da PM, que estava no local, informou aos manifestantes que eles não tinham autorização para sair da Candelária. Por volta das 18h30 os manifestantes desrespeitaram as ordens policiais, ocuparam duas faixas da Avenida Rio Branco e seguiram em direção ao Consulado Americano, atrapalhando o trânsito.
A manifestação transcorreu sem maiores incidentes durante todo o trajeto. Ao chegar em frente ao Consulado dos EUA, na Avenida Presidente Wilson, sob gritos de protesto, duas bombas de coquetel molotov (espécie de bomba caseira) foram atiradas pelos manifestantes. Uma em direção à porta do consulado, causando um princípio de incêndio, e outra no meio da rua. O fogo atingou o vigilante do consulado, Rodolfo Gomes Pereira, de 26 anos, que teve parte do corpo queimado e foi levado às pressas para o hospital Souza Aguiar.
Policiais militares reagiram com tiros de balas de borracha. Houve correria. Um repórter da rádio CBN foi atingido sem gravidade pelos tiros. O trânsito no local foi interrompido e pelo menos 14 manifestantes foram presos, sendo que 12 já foram encaminhados à 5ª Delegacia de Polícia, no Centro do Rio.
Por meio de assessoria, o governador Sérgio Cabral informou que não vai se manifestar a respeito.
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