domingo

Falta de alimentos, água e energia é desafio para sobreviventes do tremor

Crise pela qual o Japão passa é a pior desde a Segunda Guerra Mundial, diz premiê



Japonesas se aquecem em um acampamento da Cruz Vemelha Internacional.
SENDAI - Falta de água e energia elétrica, escassez de alimentos e o frio são as principais dificuldades enfrentadas pelos japoneses depois que seu país foi atingido, na sexta-feira, por um terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter e por um tsunami subsequente, na região nordeste.


Mesmo abalado pela crise financeira, o Japão permaneceu como uma das maiores e mais modernas economias do mundo. O país também é um dos mais bem preparados para desastres e conta com infraestrutura para esses casos, mas mesmo assim os desastres se mostraram verdadeiros desafios para o governo. A crise gerada pelos desastres é a pior pela qual o Japão passa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com o primeiro-ministro Naoto Kan.
Ao menos 1,4 milhão de residências está sem água, e outros 2,5 milhões estão sem energia elétrica. Centenas de milhares de sobreviventes estão em centros de emegência que sofrem com a escassez de eletricidade e alimentos. As temperaturas também caíram significativamente, principalmente no norte do país, justamente a região mais afetada.

Quase 370 mil pessoas desabrigadas estão vivendo em abrigos provisórios, mas a expectativa é de que o número aumente ainda mais, segundo o jornal local Asahi Shimbun. Desde a sexta-feira, 2.415 abrigos provisórios foram abertos em 136 cidades afetadas, prossegue o jornal.
O governo enviou 100 mil militares para os trabalhos de ajuda e resgate - cerca de 40% das Forças Armadas japonesas. Foram enviados 120 mil cobertores, 120 mil garrafas d'água, 110 mil litros de gasolina e toneladas de alimentos para as áreas afetadas. Outros países - como EUA, Reino Unido e os vizinhos do Japão - e órgão internacionais também estão enviando equipes de ajuda.

Muitas áreas do nordeste japonês, porém, seguem inacessíveis - a água varreu cidades inteiras e ainda não recuou. Haverá racionamento de energia, e é difícil de achar postos de combustível Abertos. Algumas lojas de conveniência já não têm mais nada de alimento em seus estoques.
O terremoto aconteceu por volta das 15 horas locais da sexta-feira (3 horas em Brasília). As prefeituras (Estados) de Iwate, Aomori, Miyagi, Fukushima (da região de Tohoku) e Ibaraki (de Kanto) são as mais afetadas. Todas estão ao norte de Honshu, principal ilha do arquipélago que forma o Japão. Cerca de 128 milhões de pessoas vivem no país.

Da Redação com  Estadão

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