quarta-feira

Adolescente é agredida dentro de uma escola pública e vídeo é divulgado na internet

Uma confusão entre duas estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Elpídio de Almeida, conhecido como "Estadual da Prata", virou caso de polícia. No final da manhã da última segunda-feira, dia 21, uma adolescente de 16 anos foi agredida após sair da sala de aula. As cenas de violência foram postadas no site YouTube.
A vítima relatou que a ação foi organizada por outra adolescente da mesma idade e teria sido motivada por ciúmes. Segundo os próprios alunos, essa prática tem se tornado comum no local e incentivado as brigas entre grupos rivais.
Essas ações se configuram como bullying, que são perseguições e provocações constantes contra uma mesma pessoa, que, muitas vezes, acaba desenvolvendo traumas psicológicos, em especial quando se trata de jovens. O problema tem preocupado estudantes e professores. Através do YouTube é possível assistir outras imagens de confusões envolvendo alunos do Estadual da Prata.
De acordo com a Delegacia Especializada na Repressão de Crimes contra a Criança e o Adolescente, a ação teve início por volta das 11h da última segunda-feira, dia 21, no entanto, a adolescente de 16 anos relatou que há alguns dias vinha sendo humilhada e ameaçada pela colega de sala. O motivo da agressão teria sido uma crise de ciúmes da acusada pelo fato da vítima ser novata na escola e estar chamando a atenção dos colegas. "Ela tinha ciúmes porque todos da sala estavam me dando atenção, já que sou novata. Acho que ela acreditou que estava tomando o espaço dela. Nunca fiz nada contra ela, nunca aceitei as provocações e por isso, ela chamou os amigos pra me bater. Eles me jogaram na frente de um ônibus que passava na rua e por pouco não fui atropelada. Ela e os amigos me espancaram muito, minha sorte foi o vigilante do colégio que interviu", comentou, ainda muito nervosa, a adolescente.
Depois de ser agredida, a jovem foi encaminhada para o Hospital Regional e em seguida, encaminhada para a delegacia, onde na presença da mãe, foi ouvida pela delegada Nercília Dantas que solicitou a realização de exames de corpo de delito e já abriu um inquérito para apurar o ocorrido.
Exame
Na manhã de terça-feira, dia 22, a estudante foi encaminhada para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) para realizar os procedimentos, no entanto, não conseguiu efetuá-los devido a falta de médicos legistas. "Estou revoltada porque fui informada no Numol que não existia médico de plantão. Me disseram que ele estava doente e ninguém me justificou", comentou a mãe, que por questão de segurança, não será identificada pela reportagem.
A agressão da jovem foi assistida por dezenas de estudantes, gravada em uma câmera de telefone celular e postada no site YouTube. A ação tem chamado a atenção das autoridades que também já identificaram outros atos de violência registrados e postados através na internet.
Direção promete punição
Procurada pela reportagem, a direção da Escola Estadual da Prata informou que já está tomando todas as providências no atendimento e punição dos envolvidos na ação. De acordo com a gestora Ana Rejane Rodrigues Nogueira, as duas estudantes informam que foram vítimas e o vídeo postado na internet comprova que houve agressões de ambas as partes. "As duas alunas da escola informam que foram vítimas de agressões. Quando soubemos do episódio, um dos vigilantes foi até o local para intervir. Apesar de ter acontecido do lado de fora da unidade de ensino, acreditamos que também somos responsáveis. Já convocamos os pais das duas menores e aplicamos 3 dias de suspensão para ambas", disse.
Ainda segundo a diretora, as agressões entre os estudantes do Estadual da Prata não são frequentes, no entanto, quando acontecem, acabam se transformando em uma espécie de "atração" entre eles, que gravam os atos e colocam na internet. "Infelizmente isso foge do nosso controle. Estamos tentando traçar uma estratégia diferente, com reuniões e conversas com os estudantes sobre a importância de se evitar os atos de violência. Também já solicitamos à Regional de Ensino a ampliação do quadro de funcionários da disciplina e até a inserção de seguranças, desarmados, para atuarem no interior da unidade, que possam nos dar apoio", completou a diretora do estabelecimento, Maria Rejane

Da Redação com O Norte

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