Mulheres abusadas também sofrem com a falta de atendimento médico
Mulher carrega bacia na cabeça pelas ruas da capital do Haiti, Porto Príncipe. País vive "epidemia" de ataques sexuais nos acampamentos de refugiados, que se formaram após o terremoto de janeiro de 2010
A diretora do grupo feminista Madre, Lisa Davis, confirmou o problema.
- Existe uma incessante epidemia de violência sexual e de impunidade constante.
A CIDH, subordinada à OEA (Organização de Estados Americanos), emitiu medidas cautelares em dezembro de 2010 nas quais solicita ao governo haitiano que tome medidas para frear a violência sexual contra mulheres e meninas e melhore o acesso à saúde e à Justiça.
Em muitos acampamentos, as mulheres não possuem banheiros privados e devem tomar banho à vista de todos. Eramithe Delva, cofundadora da organização Kofaviv e vítima de violência sexual, explica que o acesso delas a comida, a atendimento médico e à água é limitado.
Em função disso, quando tentam denunciar o crime, encontram dificuldades, principalmente, pela falta de um atestado médico.
Kofaviv registrou 465 casos de estupro em campos de refugiados durante 2010, e nos dois primeiros meses deste ano já foram contabilizados 90.
No último domingo (20), os haitianos foram às urnas para o segundo turno das eleições presidenciais e legislativas no país.
Cerca de 4 milhões de eleitores foram convocados para escolher o presidente que sucederá René Préval. Os candidatos são a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o cantor e humorista Michel Martelly. Também serão eleitos sete dos 30 senadores e 79 dos 99 deputados.
Da Redação com R7
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