Carnaval 2011: Salgueiro vai da euforia às lágrimas
O clima de confiança na vitória no início do desfile do Salgueiro deu lugar à consternação na dispersão, conforme o término do tempo se aproximava e a escola ainda estava emperrada na Avenida por problemas nos carros alegóricos. Com o passar do tempo e a lentidão, diretores da escola apressavam os componentes e muitos empurravam as alegorias, para abrir espaço mais rápido na dispersão. A alegria, aos poucos, virou gritaria (para acelerar a escola) e choro entre membros da Vermelho e branco. A correria no final, entretanto, não adiantou: os últimos integrantes cruzaram o portão exatamente com 1h32m de desfile - dez minutos de atraso.
Após o término do desfile, o carnavalesco Renato Lage lavou as mãos:
- Os carros foram projetados por mim, mas foram aprovados pela diretoria da escola. Problemas sempre acontecem.
Lage negou que suas alegorias fossem "gigantes".
- Os carros estavam grandes. Mas se tá grande, reclamam que tá grande. Se tá pequeno, reclamam que tá pequeno, Se tá médio, reclamam que tá médio. Estava tudo muito bem, até que aconteceu o inesperado.
Vice-presidente da escola, Marcelo Montero (é MONTERO mesmo, sem "i") afirmou que a escola veio com a mesma quantidade de componentes do ano passado - 4.200.
- A escola não veio muito grande. Viemos do mesmo tamanho do ano passado. São coisas do carnaval. É muito triste perder assim.
Segundo Montero, a principal causa do atraso do Salgueiro foi uma roda do último carro, que quebrou ainda na concentração.
- O carro do Oscar teve um desnível quando colocaram as rodas e uma delas quebrou. Para não abrir um buraco na escola na Avenida, tivemos que passar devagar. Mas não deu tempo.
Apesar do atraso, o Salgueiro empolgou o público, que aplaudiu a escola mesmo com a chegada caótica na dispersão. O quarto carro, "Yes, nós temos bananas" teve que ser deslocado para o lado da saída de componentes, porque o lado da saída das alegorias estava congestionada. Além disso, a alegoria teve um princípio de incêndio, que foi rapidamente controlado.
A tristeza do final do desfile contrastava com a alegria do início, quando os primeiros componentes chegaram à dispersão.
- Esse desfile, ao lado do de 1993, é o mais emocionante que eu já vivi. Não sei explicar, mas é isso que estou sentindo agora _ disse o ator Eri Johnson, que desfilou na frente do abre-alas.
_ Eu adoro o Salgueiro, e como sou cara de pau, pedi para desfilar em cima da hora, mesmo numa ala coreografada _ disse a atriz Fernanda Paes Leme.
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