terça-feira

EUA esperam que Paquistão permita interrogar mulheres de Bin Laden


Casa Branca acredita que 3 viúvas podem ter informações sobre al-Qaeda.
Governo impôs lei do silêncio em local onde terrorista foi morto há 8 dias.


O governo dos Estados Unidos espera que o Paquistão permita o interrogatório em breve das mulheres detidas na casa onde Osama Bin Laden foi morto.
"Os Estados Unidos esperam obter acesso em breve", afirmou um funcionário do governo que pediu anonimato.
A Casa Branca pediu a colaboração do Paquistão, para que os investigadores americanos tenham permissão de acesso às três viúvas de Bin Laden que estão sob custódia de Islamabad e poderiam ter informações importantes sobre a al-Qaeda.
Jornalistas e curiosos estão na região onde está localizada a casa onde morreu Osama Bin Laden. (Foto: Anjum Naveed / AP Photo)Jornalistas e curiosos estão na região onde está localizada a casa onde morreu Osama Bin Laden. (Foto: Anjum Naveed / AP Photo)
Lei do silêncioOito dias após o ataque americano que culminou com a morte de Osama Bin Laden na cidade de Abbottabad, o Exército do Paquistão impôs a lei do silêncio ao redor do esconderijo onde o terrorista foi localizado, proibindo conversas entre a vizinhança e que os veículos de imprensa se aproximem da casa.
Na segunda-feira, a polícia impediu Aurangzeb de passar por sua rua no bairro de Bilal Town, quando levava um amigo à casa de Haji Zain Baba, um velho curandeiro do bairro que é conhecido por tratar reumatismos com apenas poucas e hábeis manipulações.
"Por mais que eu dissesse que meu amigo estava doente, não quiseram saber de nada e me reponderam que ninguém estava autorizado a passar por ali", lamentou o homem.
A pequena casa feita de tijolos e latas de Haji Zain Baba, de 80 anos, é germinada ao muro da agora célebre mansão branca onde em 2 de maio um comando americano localizou e matou Bin Laden.
O Exército paquistanês prendeu o filho de Haji Zain, Shamrez, que chegou a trabalhar algumas vezes como jardineiro na "casa de Bin Laden". Ele foi solto na sexta-feira, mas saiu da prisão convencido a não dar declarações à imprensa.
"Ele deixou a cidade, está muito longe agora", afirmou seu filho, Qasim Mohamed.
Após o anúncio da morte de Bin Laden, mais de 10.000 soldados foram e enviados a Bilal Town, que foi invadida por jornalistas do mundo inteiro.
Três dias depois, podia-se contar 500 jornalistas e curiosos diante da porta do agora lendário esconderijo.
Mas o Exército local logo se cansou de toda a exposição na mídia, das perguntas dos repórteres e das matérias em que foi classificado, na melhor descrição, como detentor de um inoperante serviço secreto, e na pior como cúmplice da Al-Qaeda.
Desde quinta-feira, entre 400 e 500 militares e policiais foram enviados para isolar o bairro.
"Só posso sair de casa uma vez por dia para comprar o que comer", reclamou um vizinho. "E me proibiram terminantemente de falar com os jornalistas", completou.
Bin Laden Infográfico Mapa Atualizado - 7/5/2011 - 20h43 (Foto: Editoria de Arte/G1)


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