sexta-feira

Chibatadas x chicotadas: após tratar agressões como ‘corretivo’, deputado tenta desfazer mal entendido e desabafa “A peia foi a vara da disciplina”

Chibatadas x chicotadas: após tratar agressões como ‘corretivo’, deputado tenta desfazer mal entendido e desabafa “A peia foi a vara da disciplina” 
Depois de ter feito um pronunciamento polêmico na tribuna da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, ao defender o castigo físico para crianças e adolescentes, o deputado estadual Toinho do Sopão tentou dar explicações sobre o episódio, mas acabou voltando a tratar as agressões como uma espécie de ‘corretivo’ disciplinador.

Nesta sexta-feira (27), em entrevista a reportagem do PB Agora, o parlamentar disse que ‘em nenhum momento defendeu que se batesse em crianças ou que as colocassem para trabalhar’.

“O que eu quero mostrar é que nem as meninas de hoje querem lavar as suas roupas intimas. Hoje muitas pessoas têm seus restaurantes porque as filhas aprenderam com as mães a cozinhar, lavar, passar, costurar, mas agora nenhum um jovem quer mais saber desse tipo de coisa”, lamentou.

TRABALHO INFANTIL

Sobre colocar crianças para trabalhar mais cedo, o parlamentar explicou.

“Eu não estou fazendo apologia à exploração infantil de trabalho, eu estou dizendo que eu levei muitas vezes chicotada do meu pai na infância e isso não tirou pedaço”.

Conforme o parlamentar, as autoridades só falam nos direitos das crianças e esquecem que elas também têm que ter deveres a cumprir.

“Todo mundo só fala nos direitos da criança, e os deveres, onde estão? Estudar, e respeitar os pais são um dever, uma obrigação”, desabafou.

CHICOTADA

A reportagem do PB Agora quis saber se Toinho do Sopão realmente levou ‘chicotadas’ na infância, ou se estas foram apenas uma maneira de se expressar e prontamente o parlamentar respondeu:

“Levei muita e ela foi à vara da disciplina, porque se não fosse essas eu não seria tão disciplinado como eu sou hoje”, disse.

Em uma reflexão, o parlamentar chegou até mesmo a concordar com os corretivos de que foi vítima.

“Eu era um menino indisciplinado, não queria cumprir com os meus deveres. Meu pai era da agricultura e eu tinha que cumprir com os meus deveres. Eu cumpria através da chibata e hoje cumpro através do dialogo”, confidenciou.

REPERCUSSÃO

Percebendo que as declarações causaram um verdadeiro ‘mal entendido’, o parlamentar cuidou de defender o dialogo como a principal arma para se resolver qualquer tipo de conflito.

“Nossos pais hoje tem muito mais cultura do que antes. EU apanhei muito na minha vida, mas só dei uma ‘sinturãozada’ no meu filho porque ele passou dos limites e nesse dia senti mais dor do que ele, mas ratifico que as crianças não têm que ter só direitos, elas tem que ter deveres também”, ratificou. Apesar de ter ratificado que foi mal interpretado, Toinho voltou a destacar a importância do corretivo disciplinador.

“Hoje as crianças vivem na internet, vendo TV e tudo eles querem fazer também, é por isso que o mundo está virado, só querem saber diversão e deixam os estudos em segundo plano”, falou.


Com informações do PB Agora

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