Sete são detidos em manifestação pró e contra Bolsonaro no vão livre do Masp
Polícia não informou motivo das prisões ocorridas na manhã deste sábado
Grupos pró e contra o deputado federal Jair Bolsonaro fazem manifestação no vão livre do Masp neste sábado
Sete pessoas foram presas, no final da manhã deste sábado (9), durante a manifestação pró e contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista.
Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) foram até o local levando fotos e teriam reconhecido os participantes como pertencentes a grupos skinheads que teriam cometido crimes na cidade. Eles foram encaminhados para averiguação na sede do departamento.
Cerca 80 pessoas de grupos pró e contra Bolsonaro participam da manifestação, que começou por volta das 11h. O protesto foi organizado quase duas semanas após o deputado federal dar uma entrevista ao programa CQC da Rede Bandeirantes. Respondendo a uma pergunta da cantora e apresentadora Preta Gil sobre o que faria se seu filho casasse com uma negra o deputado afirmou que não iria discutir "promiscuidade".
No mesmo programa, o deputado ainda afirmou que torturaria seu filho se o encontrasse fumando maconha e que não pensa que seu filho possa ser homossexual porque ele teve "boa educação". Punição
Após as declarações do colega de Casa, um grupo de 19 deputados federais iniciou na terça-feira (29) um movimento defendendo punição de Bolsonaro. A primeira ação do grupo foi tomada na mesma noite com um pedido para que a Corregedoria analise a conduta do parlamentar. O protocolo foi feito junto à Presidência da Câmara, que encaminhará a solicitação ao corregedor, Eduardo da Fonte, do mesmo partido de Bolsonaro.
Fazem parte deste movimento deputados de PSOL, PT, PDT, PC do B e PSB. Eles pedirão aos presidentes de seus partidos que assinem em conjunto uma representação para que o deputado seja processado também no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Os deputados também deverão protocolar junto ao Ministério Público uma representação pedindo que o deputado seja investigado pelo crime de racismo. Serão encaminhadas ainda ações junto aos ministérios dos Direitos Humanos e Igualdade Racial. O grupo quer ainda que o PP retire Bolsonaro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Presidente do colegiado, a deputada Manuela D'Avilla (PC do B-RS) está à frente das ações. Ela afirmou que as palavras do parlamentar "estimulam a violência e a intolerância".
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