Buscar a aproximação com moradores para melhorar o relacionamento e aumentar a confiança entre polícia e comunidade. Esta é a filosofia da Polícia Comunitária, que vai inaugurar neste sábado (16) a segunda base no bairro Alto do Mateus, em João Pessoa. Para o tenente-coronel Marcos Alexandre Sobreira, coordenador do programa, o policial comunitário precisa sair das bases indo às ruas, às residências e aos estabelecimentos comerciais para conhecer a comunidade.
"Para que isso ocorra, é fundamental personalizar o policial naquele ambiente, conhecendo os problemas mínimos daquela comunidade, se antecipando de forma pró-ativa, buscando soluções de maneira que as lideranças comunitárias e os moradores conheçam esses policiais", explica o oficial da Polícia Militar.
Há hoje 515 policiais capacitados para atuar no programa. O treinamento não leva muito tempo, uma semana para promotor de polícia Comunitária e duas semanas para multiplicadores.
A primeira base foi instalada na região mais alta do bairro. Neste sábado, a segunda base será aberta na região próxima à linha do trem, aproveitando uma instalação desativada da Cagepa.
*Palestras* - O conceito de polícia comunitária existe desde 1998, mas só agora a idéia está sendo de fato praticada. Serão promovidas palestras em escolas e centros comunitários para que a população entenda como irá funcionar essa nova da polícia.
O tenente-coronel Marcos Alexandre lembra o artigo 144 da Constituição Federal, segundo o qual a "segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos". "Não é só do cidadão, não é só da polícia, mas de todos os segmentos", completa.
O comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, afirmou que haverá parceria também com a Prefeitura de João Pessoa para instalar uma base de polícia comunitária em um antigo posto policial desativado na comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor.
Por determinação do governador Ricardo Coutinho, a política de Polícia Comunitária vai se expandir para os principais centros urbanos do Estado. Em Campina Grande já existem quatro bases em funcionamento.
Ascom
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