Um mês após o assassinato do professor de português Valderi Carneiro dos Santos, de 44 anos, o Ministério Público (MP) deu um parecer pedindo a internação dos dois adolescentes apontados como suspeitos da morte ocorrida no interior de uma pousada no Centro de Campina Grande, no dia 9 de julho deste ano. A solicitação foi feita pela promotora da Vara da Infância e Juventude do município, Luciara Lima Simeão Moura e já havia sido requisitada pela delegada de homicídios, Cassandra Duarte.
Os dois menores, de 17 e 16 anos, teriam sido flagrados a caminho da pousada junto com o professor e assumiram a autoria do crime, mas alegaram ter agido em legítima defesa, após um desentendimento com o acusado. “Nós já ingressamos porém com um habeas corpus preventivo e outras medidas judiciais para garantirmos a continuidade da liberdade de nossos constituintes, porque não restam dúvidas de que eles agiram em legítima defesa no caso”, ressaltou o advogado dos menores acusados, Gilberto Aureliano.
Depois de concluída as investigações, que perduraram por cerca de 20 dias, a Polícia Civil de Campina Grande indiciou cinco acusados de participação no caso e alguns deles teriam envolvimento apenas na invasão à residência da vítima, no bairro do Catolé, minutos depois do assassinato. Foram quatro adolescentes indiciados e um maior, Diálisson Tadeu Vieira Ribeiro de Oliveira, de 19 anos, que estaria dirigindo um automóvel no momento em que os demais acusados foram até a casa de Valderi Carneiro.
O posicionamento do Ministério Público sobre o caso foi emitido na última quarta-feira, mas por conta da interrupção dos trabalhos no Poder Judiciário, ontem o pedido ainda não foi apreciado pelo juiz da Vara da Infância de Campina Grande. “Nossa preocupação agora é assegurar a liberdade dos dois menores e lutar para que a Justiça seja feita”, complementou Gilberto Aureliano.
Segundo as investigações da polícia, Valderi Carneiro teria sido assassinado durante um suposto programa pelo qual os dois menores iriam receber a quantia de R$ 400, que seria dividida entre os dois jovens. Nos depoimentos, os adolescentes afirmaram que o professor teria iniciado o desentendimento.
Da Redação
Jornal da Paraíba
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