segunda-feira

Construção irregular em Tambaú apavora motoristas

Construção irregular em Tambaú apavora motoristasROLETA RUSSA: construção em avenida principal de Tambaú leva pavor a motoristas; calçada minúscula deixa turistas e moradores em risco
Pode parecer mentira, mas acontece no coração de um dos bairros mais nobres da Capital paraibana: Tambaú. Nesse agitado lugar, notado por sua alucinada rotina turística, uma casa construída quase no meio de uma de suas principais avenidas vem causando um verdadeiro pavor entre motoristas, moradores e turistas.

Levantada na esquina do cruzamento da Avenida Navegantes com a Rua Targino Marques, a localização da moradia é o maior exemplo dos perigos que correm os pedestres e condutores de veículo da cidade, graças à falta de planejamento, ou mesmo de má fé, por parte da Administração Pública, que permite tais construções.

Como se não bastasse a casa se projetar quase para o meio da avenida, ela ainda está posicionada perigosamente em uma curva. Resultado: sua lateral trabalha como um tapume para os motoristas que se “aventuram” pela Targino Marques.

“Todas as vezes que venho por essa rua me sinto em uma roleta russa. Rezo para não ser destruído por um veículo que apareça de surpresa. Não dá pra ver nada”, relatou um motorista.

Outro condutor, o estudante universitário Diego Silva, também narrou uma situação perigosa por que passou ao trafegar pelo cruzamento, desta vez, vindo pela principal. Segundo ele, o susto por pouco não resultou em tragédia.

“Eu dirigia em direção à Ruy Carneiro quando me deparei do nada com um carro quase no meio da avenida tentando entrar. No susto, me joguei para a outra faixa e por pouco não fui acertado em cheio por um ônibus que vinha em alta velocidade. Sinceramente a gente só vê quem está tentando sair dessa rua quando está já em cima. Do mesmo jeito são eles”, explicou Diego.

A questão da falta de visibilidade não é o maior problema resultante da “inacreditável” posição da casa. De tamanho modesto, sua projeção para a avenida só permitiu a existência de uma calçada mínima (menos de um metro), quase impossível de um adulto se manter nela para seguir "seguro".

“Tive que arriscar minha família pelo meio da rua para poder chegar ao Mercado de Artesanato. Meu filho por pouco não foi arrastado por uma camionete. Não sei como uma cidade como Joao Pessoa, que parece estar crescendo rápido, ainda permite um atraso desses. Decepcionante.”, declarou revoltado o empresário Carlos Maia, turista de São Paulo.

Com base em informações colhidas junto aos moradores mais antigos, a construção não é recente. Segundo acreditam, não foi o proprietário atual da residência o responsável pela construção.

"Acho que ele já adquiriu nessas condições", afirmou um morador da vizinhaça.

Outros problemas da Targino Marques - Além de precisarem conviver frequentemente com o barulho causado pelo fluxo de pessoas e automóveis durante todo o final de semana, a proximidade da rua com a “Feirinha”, e sua acessibilidade ao outros pontos de diversão mais a oeste da região, fazem os residentes da rua viverem em um caos.

Uma das reclamações dos moradores é a falta de respeito às leis de trânsito no local, mas especificamente no trecho entre as Avenidas Navegantes e Maria Sales. Nessa porção de via, é frequente flagrar motoristas ocupando suas duas faixas, principalmente para entrarem na Maria Sales, em direção à Avenida Nego.

“Todos os dias preciso brigar com um motorista para chegar em casa. Toda vez que entro na rua (Targino Marques), tem um ‘sabido’ na contramão querendo entrar na Maria Sales. De lascar é que eles ainda brigam comigo, achando que estou entrando na contramão”, afirmou um morador, exigindo que a STTrans coloque placas mostrando que a via é de mão dupla.

“Como se fosse pouco, depois de entrar na rua ainda tenho que brigar com quem vem em sentido contrário, porque todo o final de semana os carros estacionam dos dois lados da pista, daí só da pra passar um. Às vezes passo minutos parado porque o outro não quer dar ré pra eu passar”, completou o morador.

Um dos flanelinhas da localidade confirmou que discussões por falta de espaço para o tráfego são frequentes, e que por pouco não terminam em agressão física.

“A gente tenta resolver, mas não tem jeito. Os próprios donos das casas ficam com raiva da gente por que estacionam na porta deles, tapando a entrada. Mas não posso fazer nada, não sou guarda e ninguém me atende”, frisou o flanelinha.

PB Agora

Nenhum comentário:

Postar um comentário